7 dicas aos ingressantes no curso de estatística

7 dicas aos ingressantes no curso de estatística

1. O curso é realmente difícil (pra car***)

Foi fácil de entrar, mas é muito difícil de sair. É um curso de exatas e quase uma ciência básica, como matemática, física e química. A carga teórica é grande pois na estatística temos resultados fortes que a tornaram uma ciência fundamental para o mundo tanto acadêmico quanto corporativo. Prepare-se para disciplinas de probabilidade, inferência, cálculo e etc. É difícil, mas é bem legal quando tudo começa a fazer sentido (o que vai demorar uns meses).

2. Você não é o gênio que imagina

Não chegue achando que você é o melhor da turma e que manja muito de matemática. Todos que ingressaram com você provavelmente foram os melhores de matemática de suas turmas. A verdade dura é que você não sabe nada de matemática. O que aprendemos no ensino médio não é nem 0,1% de todo o conhecimento de matemática. Claro que sem ele você nem ingressaria na universidade, mas o cálculo, que é considerado a matemática básica do ensino superior, está a um abismo de distância do que você viu na escola. A partir da primeira aula de cálculo com todos aqueles epsilons e deltas todos são iguais.

3. Reclamar não vai aumentar sua nota

Você já viu um juiz voltar atrás após marcar um pênalti porque o time adversário reclamou muito? Eu nunca vi. E também nunca vi o desempenho de alguém melhorar depois de passar horas nas mesinhas do IMECC reclamando do curso, enquanto poderia estar gastando essa energia estudando ou fazendo algo de útil. Uma prática infelizmente muito comum e certamente prejudicial. Por experiência própria eu garanto: é muito melhor aceitar que errou e que você não se esforçou o suficiente do que passar os próximos dias falando mal do professor e dizendo que a prova tava foda.

4. Professores não são seus inimigos

Falando em professor, eles estão na universidade para passar seu conhecimento. A aula pode não ser a atividade preferida deles, assim como pode não ser a sua também, mas vocês tem que conviver juntos. E é melhor que seja em harmonia pois eles tem um poder muito grande sobre você que é a sua nota. E não tem nada mais desagradável do que ter que conviver com quem você não gosta. Então não faça deles seus inimigos e passe a enxergar como alguém que pode ajudar a construir seu conhecimento para que no futuro possa exercer a profissão de estatístico. Você verá que tem muita gente boa em seu instituto.

5. Divirta-se, mas cuidado com as distrações desnecessárias

O que não vai faltar durante sua graduação são distrações desnecessárias. Você não precisa vestir uma burca e se enfiar na biblioteca 24h por dia, até porque isso não é muito recomendado e não costuma trazer melhores resultados. Ir a algumas chopadas no início do semestre é saudável, você conhece muita gente bacana e se diverte um bocado. Só tome cuidado pra não deixar as distrações (festa, videogame, bar, empresa júnior, etc.) tomarem todo o seu tempo.

6. Ler o livro antes da prova não ajuda em quase nada

Por mais clichê que seja, não deixar as coisas para a última hora é um ótimo conselho. O conhecimento é construído aos poucos e através da prática. Prática é fazer exercícios. Um exemplo bem bacana é o seu corpo na academia. A prova é o objetivo de levantar um supino de 80kg daqui algumas semanas e hoje você levanta 40kg. Ver seu instrutor levantar os 80kg uma semana antes não vai levar você a fazer o mesmo a não ser que venha praticando aos poucos até atingir seu objetivo.

7. E o grande segredo pra se dar bem no curso é…

Estudar! Mas não deixe isso virar uma prática chata ou neurótica. Aproveite seu período de calouro/bixo/ingressante, ingresse em alguma organização sem fins lucrativos, faça novos amigos e divirta-se. Será um dos melhores períodos da sua vida 🙂

Gostou? Talvez você também queira saber como é o mercado de trabalho para o estatístico. Doris Fontes, presidente do Conselho Regional de Estatística da 3ª região, nos deu uma entrevista bem bacana.

 

4 comentários

  1. Concordo com tudo. Estudar é necessário, mas não precisa ser um martírio. Assim como, depois de formado, trabalhar, para muitos, vira um martírio, mas não precisa ser. O objetivo na faculdade é aprender, mas durante a viagem o aluno pode agregar muitos outros conhecimentos e amigos. No trabalho, o objetivo pode ser o dinheiro, mas não precisa ser só isso. Há muito crescimento pessoal (como ser humano mesmo, não como empresário ganancioso) para investir. Boa jornada a todos!!!!

  2. ALEXANDRO disse:

    Gostei muito do exemplo do supino! Parabéns pela analogia!

  3. Anônimo disse:

    Gostei, a já tive o prazer de assistir uma Palestra da Doris na UFPB em João Pessoa, aprendi muito com suas dicas, e estou gostando demais do curso!

    Lucas Gonçalves, Estatística UEPB.

  4. Anônimo disse:

    Lucas, faço minhas suas palavras, tive a honra de assistir a palestra com a Dóris na UFMT, e ela expõe o curso de forma muito real e sincera.
    Parabens Dóris pela didática.

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